Campo Grande (MS) - A Semagro e suas entidades vinculadas participam da Expo MS Rural com uma agenda técnica científica com o objetivo de difundir as atividades de pesquisa, tecnologia e inovação ao público da exposição.
Nesta terça feira, 27, aconteceu o 2º Workshop Bioeconomia – novos paradgimas para Mato Grosso do Sul. Desde o início deste governo, por meio de uma visão estratégica, o Estado vem construindo um ambiente favorável para que ciência e meio ambiente caminhem juntas. “Ambas estão sob o mesmo guarda-chuva e a tecnologia baliza quando chega o momento de tomarmos decisões. É desta maneira, com ciência, inovação e tecnologia que vamos construir um novo Mato Grosso do Sul” comenta o secretário Jaime Verruck.
Com o tema “Montando o quebra cabeça da Biodiversidade do Estado – Biota/MS”, o Prof. Dr. Fábio de Oliveira Roque, do Instituto de Biociências, da UFMS mostrou os diversos produtos oriundos das pesquisas que norteiam as políticas publicas.
“Com o programa Biota MS, Mato Grosso do Sul mostra que tem uma grande diversidade de espécies e ao estudá-las traz conhecimento e benefício para sociedade. Mato Grosso do Sul pode ser um laboratório nacional de políticas para a biodiversidade, agregando pesquisadores para que se projetem em busca de descobrir coisas e desenvolver o conhecimento” relatou Fabio que atua nos programas de Graduação em Ciências Biológicas e Pós-Graduação em Biologia Animal e Ecologia e Conservação.
São objetivos do Biota-MS: dar suporte à tomada de decisão sobre projetos de desenvolvimento e políticas públicas, visando à promoção da sustentabilidade; fornecer subsídios para avaliar a efetividade dos esforços de conservação da biodiversidade no Estado; estimular e promover a formação e a capacitação de recursos humanos e técnico-científicos para atuar na conservação e uso da biodiversidade, entre outros.
Sobre o “Laboratório de Ictiologia do IMASUL e os Peixes Ornamentais do Pantanal”, Heriberto Gimênes Junior, Biólogo e Coordenador Técnico da Quarentena Temporária do Aquário do Pantanal – IMASUL, trouxe inúmeras informações, dentre elas contou que até o momento, os profissionais que trabalham no laboratório realizaram a reprodução de 49 espécies de peixes, sendo 23 delas nativas dos rios da região pantaneira. Sete desses registros são inéditos no mundo e outros três foram documentados pela primeira vez no Brasil. Esses resultados já estão sendo transformados em artigos científicos e serão submetidos a publicações nacionais e internacionais, contribuindo na produção de conhecimento na área de Ictiologia (ramo da zoologia que estuda os peixes), além de também contribuir com técnicas inovadoras para a piscicultura.
“É um trabalho de grande responsabilidade e ao mesmo tempo gratificante, pois nossos estudos obtiveram resultados inéditos no Brasil e no mundo e que poderão ser divulgados por importantes publicações científicas nacionais e internacionais. Hoje temos várias parcerias com técnicos, tanto do Estado, como do restante do país. Recebemos visitantes do exterior, alunos de pós-graduação e professores”, comenta o biólogo Heriberto Gimênes Junior
A zootecnista Jovelina de Oliveira, Gestora de Desenvolvimento Rural da Agraer explanou sobre “Abelhas Nativas em Mato Grosso do Sul”.
O mel dessas abelhas também possui um grande valor medicinal. Sabe-se que ele possui, também, uma elevada atividade antibacteriana sendo usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza, e infecções de olhos. “Costuma-se dizer que a melhor espécie de abelha é a que produz mel, ou seja, todas as espécies com ou sem ferrão tem o seu nível de importância. Mas, aqui, queremos ressaltar algo que faz parte das nossas raízes desde muito tempo e que tem sua viabilidade produtiva”, enfatizou a zootecnista.
“Produção de mudas e cultivo da Guavira” foi o quarto tema abordado pela pesquisadora do CEPAER - Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer, Ana Cristina Ajalla. Engenheira Agrônoma de fromação, a pesquisadora estuda guavira há mais de 10 anos com o propósito de preservar o material genético da mesma, reduzir as práticas extrativistas e, ainda, garantir renda aos agricultores familiares através da comercialização da fruta que é, hoje, símbolo do Mato Grosso do Sul. Uma das propostas da pesquisa é implantação de unidades demonstrativas em sítios de agricultores familiares por todo o Estado.
Finalizando a manhã de muito aprendizado Aline Mohamud Abraão Cezar - Engenheira Agrônoma pesquisadora do Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer flou sobre “Produção e utilização de muda altas de maracujá azedo para o convívio com a virose em Mato Grosso do Sul”. O vírus entrou no Estado em 2010, conforme conhecimento. Como o cultivo de maracujá amarelo azedo (Passiflora edulisSims f. flavicarpa Deneger) tem crescido em Mato Grosso do Sul, a pesquisadora alerta para os riscos dos produtores adquirem mudas da planta de outros Estados, sem o devido conhecimento da idoneidade dos viveiros.
Publicado por: Alcineia Santos Maceno da Silva