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Estante da agricultura familiar quadriplica área e chama a atenção pela riqueza de trabalhos

  • 15 ago 2016
  • Categorias:Geral
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Aquidauana (MS) – De hortaliças a orquídeas, stand da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) cai na graça do público da 49ª edição da Expoaqui – Exposição Agropecuária de Aquidauana pela diversidade de cores, aromas e sabores. Das 11 agroindústrias familiares, expositoras, em pelo menos metade era possível degustar algum tipo de produto.

_AMS3990Diferentemente, do ano passado em que a Agência ocupou apenas um espaço de 100m², este ano a área foi ampliada em 490m² e mais do que ganho em proporção, o estande chamou a atenção pelas inovações no mercado e o senso de empreendedorismo de homens e mulheres  que viram na agricultura familiar um caminho para a melhoria de vida.

Como é o caso da artesã Ancelma Vitorino da Silva que tira o sustento de sua família do reaproveitamento de madeiras. “Tudo começou com meu pai que era pedreiro e pintor e certa vez passou em frente a uma marcenaria. _AMS3858Encantado com o trabalho do proprietário do local, ele foi convidado a aprender a mexer com a madeira. Eu tinha uns 7 anos naquela época e desde então minha família não saiu mais disso”, conta a mulher.

Três décadas passadas, o ofício da família agregou também a mão-de-obra do esposo, irmão, três filhos e três vizinhos de Ancelma. “As crianças não trabalham, trabalham, porque as máquinas são pesadas. Para elas é um trabalho perigoso. Mas, na época das férias, eles limpam a oficina. Não deixamos mexer com as máquinas”.

No espaço dedicado aos artesanatos da família, Ancelma mostra com orgulho as  peças que dão o sustento à família. Colheres de pau, tábua de carne, gamela, travessa e petisqueiras são alguns dos artigos comercializados. _AMS3855De R$ 6,00 a R$ 260,00 é possível que o visitante encontre alguma peça que agrade o seu gosto e, principalmente, o bolso. “Tudo é madeira reaproveitada. Há um respeito com o meio ambiente. De doações de empresas a fazendeiros que tiveram alguma árvore caída pelo mau tempo, usamos apenas madeiras que estão sem uso”, informa.

Com os seus trabalhos, a artesã já rodou várias partes do País. “Rio de Janeiro, Brasília, Recife são algumas das cidades que conheci através de feiras e os produtos tem boa aceitação. Às vezes conseguimos vender tudo. A renda da minha família vem só do artesanato. Com esse trabalho é possível tirar uma renda de até R$ 2 mil por pessoa”, garante.

E o roteiro de trabalho da artesã não se limitará a 49ª Expoaqui. Até o final do ano, outras exposições já estão agendadas. “Estou muito grata a Agraer pelo espaço oferecido, porque é uma oportunidade de divulgar o nosso trabalho. Saindo daqui já temos compromisso em São Paulo em setembro, Belo Horizonte em outubro e vamos ao Distrito Federal em novembro”, diz Ancelma.

_AMS3861Veteranos em Expoaqui, pai e filho Andrelino e Anderson dos Santos, respectivamente, se dizem satisfeitos com o segundo convite feito pela Agraer. “A Agraer conhece o nosso trabalho, recebemos as visitas técnicas da Agraer para o manejo com os nossos coqueiros. Já tivemos algumas orientações até mesmo no combate as pragas”, conta o jovem agricultor Anderson.

Residentes no Distrito de Camisão, a família dedica 4 hectares para o cultivo de coco anão. “O nome da fruta se dá porque é uma qualidade que desenvolve muito rápido. Com um manejo adequado em três anos um coqueiro já produz. O tempo útil de produção de cada planta é de até 60 anos e com irrigação é possível colher o fruto o ano todo”, afirma.

Tanta produtividade garantiu freguesia na região litorânea do Brasil. É que o coco cultivado na região pantaneira tem conquistado o mercado catarinense. “A região Sul não produz coco, creio que pelas condições do clima. Assim como tem coisas lá que aqui nãose produz, aqui produzimos coisas que lá não tem. A maior parte de nossa produção vai para Santa Catarina. O restante a gente comercializa pelo Distrito e em Aquidauana mesmo”, explica Anderson.

E se já não bastasse o empreendedorismo da família, a criatividade também é outro ponto forte de Andrelino e Anderson. Na barraca, a tradicional faca para cortar o fruto é substituída por uma furadeira. Um trabalho sem muita sujeira e sofrimento. “De inicio achei engraçado, mas depois vi que é um trabalho inteligente. O atendimento é mais rápido e não faz sujeira”, avalia a estudante Thaís Lima, enquanto saboreava a água gelada do fruto.

_AMS3866Por R$ 3,00 é possível os visitantes conferirem a qualidade do fruto. Para os mais audaciosos  é possível levar a muda de coqueiro por R$ 20,00. “Vendemos dentro da cidade o fruto maduro também. Da muda a castanha do coco tudo é aproveitado”, diz Anderson.

E as opções do estande não se limitam as frutas in natura. Em outro ponto é possível comprar pães feitos da biomassa de banana verde. _AMS3934“É um trabalho que não deve ter nem um ano ainda. Começou com o pão e, hoje, temos até biscoitos. Como é feito a partir da fruta verde o sabor dos produtos não são alterados”, revela a expositora e operadora de caixa da Panificadora, Bruna Drewis.

De acordo com estudos clínicos, a biomassa é aliada a saúde por prevenir o diabetes, ajuda no funcionamento intestinal por ser rico em fibras, auxilia no tratamento da depressão e, ainda, é ótimo aliado estético, por contribuir no controle de peso.


_AMS3384Muito além dos shows, leilões de bovinos e barraquinhas de bebidas e comidas, a 49ª Expoaqui trouxe luz à agricultura familiar através da parceria governo do Estado e Sindicato Rural de Aquidauana. “Houve um engajamento de toda a equipe de servidores da Agraer de Aquidauana e Anastácio junto aos profissionais da sede em Campo Grande. Fora as alianças que são sempre importantes”, afirma o dirigente da Agraer, Enelvo Felini.

_AMS3876Cachaça de alambique, licores artesanais, geleias, pães, queijos, banana chips, orquídeas, mel do Pantanal (produzido pela Alespana), bovinocultura de leite, picolés, frutos do cerrado in natura, apicultura (meliponia – abelhas sem ferrões), piscicultura e a aeroponia, sistema de hidroponia, onde as plantas são cultivadas suspensas no ar, tendo como sustentação canos de PVC são alguns dos muitos assuntos expostos aos visitantes.

A otimização de espaço também é outro ponto alto do estande. No local, tudo pode se transformar em fonte de renda para os agricultores familiares. As mesmas cadeiras que servem de descanso para servidores, agricultores e visitantes, são também peças expostas para negociações. Artigos rústicos fabricados pelos artesãos do assentamento Monjolinho, 55 quilômetros da área urbana de Aquidauana.

_AMS3931As belezas naturais de Aquidauana e região também tiveram espaço garantido através dos quiosques da Fundação de Turismo do Estado e do Município. Estudantes e professores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) também marcaram presença com exposição de plantas e animais (besouros, borboletas e até curiosos bichos aquáticos como o carangueijo). A Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar) e Iagro também foram outras duas importantes instituições que compõem o estande. A 49ª Expoaqui é realizada de 11 a 15 de agosto.

Texto: Aline Lira

Fotos: Dunga

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