Campo Grande (MS) – Nesta sexta-feira (12), técnicos da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar) e Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) se reúnem para discutir estratégias para alavancar a produção em cadeia de frutas, verduras e legumes oriundos da agricultura familiar de Mato Grosso do Sul. A solenidade de abertura dos trabalhos foi promovida no auditório, “Engenheiro Agrônomo Carlito Batistoti”, com a presença do diretor-presidente da Agência, Enelvo Felini e o secretário de Estado Fernando Lamas.
“Estamos aqui para realizarmos uma avaliação profunda da real situação produtiva de nosso Estado. A intenção é que possamos pensar em medidas, enquanto governo do Estado, que possam ser aplicadas no fomento ao acesso de conhecimento, acesso a crédito, assistência técnica e tecnologia pelo pequeno produtor sul-mato-grossense”, enfatizou Felini.
Segundo o diretor-presidente da Agraer, o encontro deve futuramente contribuir com a redução dos índices de importação de alimentos pela Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa). “Sabemos que a compra de alimentos vindos de fora ainda é grande. Nossa meta é que esse percentual caia para pelo menos 50% de importação. Com isso abriremos uma janela para o produtor rural se tornar mais competitivo frente ao mercado”, afirmou.
Os trabalhos serão realizados durante todo o dia de hoje. Após a cerimônia de abertura, uma palestra com o tema “Desenvolvimento da Bovinocultura de Leite e Horticultura de MS”, foi ministrada pelo secretário da Sepaf, Fernando Lamas.
“Mato Grosso do Sul faz divisa com cinco estados e dois países. Dependendo do ângulo que nos olharmos, isso pode ser uma oportunidade ou um ameaça. Por isso, temos que pensar em um conjunto de ações que venham promover ou contribuir com o crescimento do Estado, seja em prol da fruticultura, olericultura, pecuária leiteira e piscicultura”, pontuou Lamas.
Cenário produtivo
Segundo levantamento da Ceasa/MS, nos últimos anos o Estado produziu apenas 31% dos hortifrútis que consumiu. O restante é importado, principalmente, de quatro estados: SP, PR, SC, RS e MG. No entanto, conforme a Sepaf e Agraer, Mato Grosso do Sul possui características de clima e solo apropriados para o cultivo de diversos tipos de alimentos.
No setor de fruticultura, por exemplo, o Programa dividiu o estado em cinco polos de desenvolvimento a ser trabalhados, com suas respectivas linhas de produção, sendo: Pantanal (banana, manga, maracujá e coco); Cone Sul (abacaxi, goiaba, mamão e uva); Campo Grande (abacaxi, maracujá, citrus e banana); Três Lagoas (abacaxi, maracujá, citrus e banana) e Coxim (banana e maracujá).
Além dessa segmentação, o programa ainda levará em consideração outros cinco procedimentos: identificação da produção regional – no qual será feito um levantamento dos cultivos de cada município; Unidades de Demonstrativas (UD); capacitação para os profissionais e produtores e o acompanhamento desses agricultores.
Trabalhos
Mais de 100 pessoas estão envolvidas com as atividades de hoje (12). Os trabalhos no período vespertino serão executados através de duas mesas de estudo. Um grupo ficará encarregado analisar os aspectos da olericultura, enquanto o outro pontuará questões de produção da fruticultura.
Os resultados de ambos os grupos serão levados em consideração dentro das ações do Programa Estadual de Desenvolvimento da Horticultura.
A cerimônia de abertura do evento contou com a presença das seguintes autoridades: Fernando Lamas (secretário da Sepaf); Enelvo Felini (diretor-presidente da Agraer); Luciano Chiochetta (diretor-presidente da Iagro); Aroldo Cortez (Assessor do Banco do Brasil); Gerson Faccina (delegado da Superintendência do MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário); Celso Regis (presidente da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras); Humberto de Mello (superintendente do Incra/MS); Guilherme Asmus (chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste); Jerônimo Alves (secretário Adjunto da Sepaf); Edwin Bauer (Superintendente da Sepaf) e José Alexandre Trannin (diretor-executivo da Agraer), além de outras autoridades e técnicos da Agraer.
Aline Lira – Assessoria de Comunicação Agraer/ Foto: Dunga