Campo Grande (MS) – O oficial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), Massimiliano Lombardo e o representante do Ministério do Meio Ambiente Clayton Lino estarão em Campo Grande no fim do mês para detalhar as atribuições e dirimir dúvidas sobre o funcionamento e as vantagens advindas da declaração do Pantanal como Reserva da Biosfera. O Seminário Conhecendo a Reserva da Biosfera acontece no dia 26 de fevereiro, no Auditório Shirley Palmeira do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), e é uma realização conjunta do governo do Estado, por intermédio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a ONG WWF Brasil.
“A decisão de se realizar esse seminário foi tirada na reunião do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera Pantanal realizada no dia 31 de outubro. Os membros do Comitê entenderam que é preciso sanar dúvidas e detalhar com clareza quais as atribuições, o que pode e o que não pode ser feito, quais as vantagens, enfim, tudo o que envolve a declaração do Pantanal como Reserva da Biosfera, para depois avançarmos na elaboração das regras de funcionamento do colegiado”, explicou o secretário adjunto da Semagro, Ricardo Senna.
A reafirmação do bioma pantaneiro como Reserva da Biosfera pela Unesco ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado e abre possibilidades de desenvolver ações para melhorar a qualidade de vida da população local e implementar atividades sustentáveis. Na prática, o título reconhece a importância do bioma, atesta a eficácia das ações de preservação e reconhece que as atividades econômicas presentes são ambientalmente sustentáveis”, explica Ricardo Senna.
A Reserva da Biosfera Pantanal estende-se por uma área de 251.569 quilômetros quadrados, sendo 95% de propriedades privadas (sobretudo fazendas de pecuária extensiva). Abriga ainda terras aldeias indígenas com área de 600 mil hectares e uma riquíssima biodiversidade: 3.500 espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, quase 200 espécies de répteis, 464 de aves, 325 de peixes e 1.132 de borboletas. É gerida por um Comitê Estadual formado por 25 pessoas, sendo nove representantes da sociedade civil, oito do governo e oito do setor econômico; sua função é coordenar, aprovar as diretrizes e normas, enfim, gerir a Reserva com base nos marcos regulatórios vigentes.
Outros biomas nacionais, como Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, já foram reconhecidos pela Unesco como Reservas da Biosfera, constituindo-se modelos adotados internacionalmente de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais existentes.
O evento
O Seminário Conhecendo a Reserva da Biosfera Pantanal acontece na manhã do dia 26 de fevereiro, com abertura prevista para as 8h, no Auditório Shirley Palmeira do Imasul, localizado na Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, Parque dos Poderes, Campo Grande (MS). O evento é gratuito e aberto ao público em geral e não é necessário fazer inscrição prévia.
Após a abertura, com o secretário adjunto Ricardo Senna, o oficial da Unesco Massimiliano Lombardo e o representante do Ministério do Meio Ambiente Clayton Lino comandam a Mesa Redonda sob o tema ‘Histórico e Benefícios da Reserva da Biosfera’. Lino é presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e trará a experiência daquela realidade ao Pantanal. O público terá espaço para perguntas e o evento está previsto terminar às 12h.
Texto: João Prestes – Assessoria de Comunicação da Semagro