Campo Grande (MS) – Seguindo a nota técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) que traz recomendações para o funcionamento seguro das Feiras Livres e dos locais de comercialização de produtos agropecuários em Mato Grosso do Sul, a Prefeitura de Brasilândia reabriu a feira livre do município.
No local, onde são comercializados a produção de agricultores familiares e produtores locais, a Prefeitura juntamente com a vigilância sanitária trabalha conjuntamente para orientar os produtores, que além desse atendimento, receberam mensagens pelo celular, com todo conteúdo da nota. Para reforçar os cuidados, tanto com os feirantes quanto os clientes, um locutor também faz a leitura dos parâmetros e procedimentos.
A preocupação, segundo o Secretário Jaime Verruck titular da Semagro, é que se tenham regras claras de biossegurança que possam propiciar a continuidade da venda dos produtos da agricultura familiar, nos municípios onde o funcionamento das feiras foi autorizado. “O objetivo é manter o abastecimento para a comunidade, zelar pela saúde das pessoas que trabalham e frequentam esse local, mas principalmente propiciar que os agricultores familiares possam continuar vendendo seus produtos, e garantindo sua renda”. Completou.
Segundo Jaime Verruck, nesse momento, as feiras livres deixam de ter um caráter cultural, para ter única e exclusivamente a finalidade de promover o abastecimento e o escoamento da produção.
Sobre a nota técnica
Elaborada pela Semagro, juntamente com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) a nota técnica sugere aos prefeitos e secretários municipais ações de biossegurança para funcionamento das feiras em todo Estado.
Direcionada também a hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, padarias, quitandas, feiras livres, centrais de abastecimento de alimentos, lojas de conveniência, de água mineral, incluindo os alimentos para animais, e ainda as empresas que dão suporte às atividades produtivas animal e vegetal – e enquadram-se como essenciais – tais como: transportadoras em geral, peças de tratores e implementos, combustíveis, fertilizantes, inspeção e defesa agropecuária, defensivos, sementes, mudas, ração, alevinos, pintainhos, cevados, embalagens, entre outros semelhantes a nota diz que deve ser oferecido tratamento especial aos mecanismos de comercialização dos Agricultores Familiares, que são as Feiras Livres e os Programas de apoio à comercialização de produtos oriundos da Agricultura Familiar (PNAE, PAA).
O funcionamento deste tipo de comércio em locais fechados, a proibição do trabalho de feirantes enquadrados no “grupo de risco” para o Coronavírus, que apresentem sintomas ou tenham tido contato direto com pessoas gripadas ou suspeitas de portarem o vírus, é destacada.
A nota traz ainda orientações para que os produtos sejam embalados e as barracas higienizadas, sugere a proibição do consumo de mates (tereré, chimarrão), uso de narguile, trata da disponibilização de pias e banheiros móveis e orienta que haja uma pessoa para manipular os recebimentos e os trocos (dinheiro) e outra para manipulação dos produtos.
Entre as recomendações amplamente divulgadas, a nota reforça a importância de manter distâncias mínima de 3 metros entre as barracas, que sejam evitados anúncios verbais para atração de clientes, que seja interrompida a venda de alimentos preparados para consumo no local e que a feira tenha sentido único de trânsito.
Além de sugerir que as feiras sejam realizadas de forma alternada nos bairros – para evitar que muitos moradores saiam no mesmo dia para as compras – e não excedam cinco horas de funcionamento a nota traz orientação aos transportadores, seja produtor ou varejista, para que sigam as normas de prevenção quando se deslocarem para as propriedades rurais, Ceasas ou atacados.
A Prefeitura Municipal deverá fiscalizar o cumprimento dos itens propostos e auxiliar as orientações de prevenção de transmissão do vírus juntos as pessoas que estiverem nesses espaços.
Kelly Ventorim, assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)