Campo Grande (MS) – Todo cinturão verde ou distrito verde é de grande importância para a manutenção da qualidade de vida dos habitantes dos centros urbanos, uma vez que garante o fácil acesso a alimentos de qualidade e, consequentemente, promove a segurança alimentar e, ainda, reduz a emissão de poluentes no ar. Outra vantagem é que essas áreas auxiliam na manutenção do microclima das cidades, não deixando que as temperaturas se elevem mais que o normal.
Diante desse cenário que favorece o perímetro urbano e a agricultura familiar, simultaneamente, o executivo estadual por meio da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) promoveu, nesta terça-feira (30), uma reunião com o Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, a fim de discutir um projeto de fomento ao cinturão verde de Campo Grande.
“Discutimos a elaboração de um projeto que alie cultivo e comercialização de alimentos aliados às práticas corretas de uso de defensivos, observando se a propriedade rural faz o uso dos produtos, visto que o trabalho também inclui atendimento para outra classe de produção, a agricultura orgânica, que não faz uso desses compostos”, informou o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira.
Um dos enfoques do projeto é a o levantamento da Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal que, no ano passado, fez um levantamento em propriedades rurais sobre uso correto de agrotóxicos e uso da água. “O objetivo é estabelecer um plano de trabalho para assistência técnica de 80 agricultores familiares na primeira fase dos trabalhos. Além do uso dos produtos químicos, nos casos de uso, vamos fazer o acompanhamento da parte produtiva desde a produção até a comercialização”, afirmou o gerente de Desenvolvimento e Abastecimento (GDA) da Agência, Araquem Midon.
Assim que o projeto estiver pronto o atendimento será oferecido aos agricultores familiares da região do Indubrasil, polo orgânico e de produtores tradicionais, Três Barras e região norte da Capital, saída para Cuiabá. “A princípio será um projeto piloto e, posteriormente, a pretensão é ampliá-lo para Dourados e Naviraí”, disse diretor André Nogueira.
Todo cinturão verde tem como benefício facilitar a venda dos alimentos. A localização favorece o transporte dos gêneros agrícolas deixando-os mais frescos, baratos e com maior conceito sustentável, visto que quanto menos o trajeto para escoamento da produção menor será a eliminação de gás carbônico dos automóveis.
“Vamos convidar a Coopgrande para participar do trabalho. É uma cooperativa que tem forte atuação na assistência comercial e muitos dos produtores que estão na nossa listagem já fazem parte dela”, alegou o gerente Araquem Midon.
Também estiveram presentes na reunião pelo Senar o chefe de Departamento Assistência Técnica e Gerencial, Francisco Paredes, e o coordenador do programa Hortifruti Legal, Dorly Scariotti, e além do superintendente da Semagro, Rogério Beretta.
Texto: Aline Lira/ Foto: Néia Maceno – Assessoria de Comunicação da Agraer