Na última sexta-feira (22), servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) estiveram presentes na feira de Educação Ambiental organizada pela Secretaria de Educação (SED) com o lançamento do Programa “MS+ECO: Escolas mais Sustentáveis”. O evento reuniu 900 estudantes de seis escolas estaduais no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande-MS.
A feira de educação ambiental também contou com a participação de diretores escolares, professores e gestores públicos. Em três estandes, a Agraer apresentou aos alunos informações sobre alimentação saudável, preservação ambiental, práticas de compostagem, uso de geotecnologia para preservação ambiental e a como realizar a criação racional de abelhas sem ferrão.
Além disso, os extensionistas rurais mostraram os trabalhos que a Agraer desenvolve em prol dos indígenas e quilombolas de MS, os assentamentos do estado e os alunos ainda puderam aproveitar e fazer uma experiência ao utilizar um equipamento de topografia que serve para medição de níveis. Outra experiência mostrada foi a de como operar um drone.
A responsável pelo Setor Ambiental da Gerência de Desenvolvimento Agrário (GDA), Leda Perdomo, explicou aos alunos o que é uma área de reserva ambiental e de preservação permanente (APP). Além de falar sobre a conservação, ela também trouxe a conscientização da importância do agricultor familiar para a produção dos alimentos saudáveis que chegam à nossa mesa. “Os alunos se alimentam da agricultura familiar que é o campo de atuação da Agraer”.
No estande de cartografia os estudantes conheceram as tecnologias utilizadas pela Agraer voltadas ao monitoramento e à preservação do meio ambiente, tais como imagens de satélite, instrumentos utilizados para calcular o desnível, ou seja, a variação de altura e latitude das terras, e o drone. “São ferramentas que a gente usa no dia a dia justamente para fazer essa parte de monitoramento ambiental”, descreveu o engenheiro cartógrafo da Agraer Thales Shoiti.
Em outro estande eles tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura indígena e quilombola de Mato Grosso do Sul. São aproximadamente 74 comunidades indígenas e 22 quilombolas presentes no estado em que a Agraer atua por meio do fortalecimento da atividade rural com assistência técnica, doação de sementes e fertilizantes. Tudo isso para garantir a produção sustentável e sem o uso de agrotóxicos. “Nós trouxemos um mapa para os alunos localizarem todas as comunidades indígenas e quilombolas de MS as quantidades de famílias que residem nesses locais. Todos os recursos que essas famílias recebem do Governo do Estado são utilizados tanto agricultura de subsistência quanto para oferecer produtos para alimentação escolar”, explicou Loreta Pereira, coordenadora do Proacin (Programa de Apoio às Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul).
As servidoras Maria Tainara Carneiro e Denise de Miranda, do setor de Agroindústrias e Compras Públicas da Agraer, mostraram aos visitantes a importância de manter uma alimentação saudável e de reutilizar as cascas de frutas e legumes para o processo de compostagem, proporcionando um adubo sustentável para as plantas de casa.
Alimentação saudável
Em relação à alimentação, a nutricionista Maria Tainara apresentou aos alunos como identificar os alimentos naturais, os minimamente processados, os processados e os ultraprocessados. Ela reforçou a importância de adquirir alimentos da agricultura familiar que são os mais saudáveis.
“Nós trouxemos os produtos das agroindústrias acompanhadas pela Agraer. São produtos de todos o estado produzidos e beneficiados por agricultores familiares como fonte de renda. Entre eles: mel, farinhas, doces, arroz, feijão, café e temperos. São produtos minimamente processados ou apenas processados com ingredientes culinários”.
Em relação ao grau de processamento dos alimentos, a servidora mostrou que os alimentos ultraprocessados, ou seja, aqueles com conservantes, corantes, realçadores de sabores e maior quantidade de sal, são os mais prejudiciais à saúde. “Além de fazerem mal pelo excesso de ingredientes culinários, eles têm conservantes e as embalagens prejudicam o meio ambiente”, mostrou a nutricionista.
Meliponicultura
Outra atividade que chamou a atenção dos estudantes foi a criação de abelhas sem ferrão (meliponicultora), espécies nativas do Brasil. A zootecnista Jovelina Maria de Oliveira levou ao estande da Agraer informações sobre as principais espécies encontradas na natureza e que podem ser criadas nos quintais residenciais: jataí, mirim lambe olhos, marmelada e mandaçaia. Os enxames estavam em caixas didáticas que proporcionaram a visualização do ninho, os depósitos de alimentos e a movimentação das abelhas. Os estudantes ainda puderam experimentar os méis produzidos pelas espécies.
Texto e fotos: Fládima Christofari, Agraer