Campo Grande (MS) – Para incentivar a fruticultura no Estado, a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) vem promovendo diversos cursos e eventos que visam motivar e dar subsídios técnicos, conhecimento, para diversificação e produção de qualidade de alimentos como melancia, abacaxi, banana e goiaba.
Seguindo essa linha, o escritório da Instituição em Iguatemi promoveu um intercâmbio de produtores rurais na cidade de Marinalva, Paraná, para conhecer a produção de morangos no sistema semi-hidropônico.
Ao todo, 42 pessoas participaram da experiência entre agricultores familiares das cidades de Amambai e Ponta Porã (assentamento Itamaraty) e também técnicos da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Agraer. “O objetivo da atividade foi mostrar novas técnicas e opções de produção aos produtores da agricultura familiar do território Cone Sul, fomentar a diversidade de produção dentro da propriedade e a participação das mulheres rurais nesses espaços de capacitação e discussão”, explicou o engenheiro agrônomo e gestor de Desenvolvimento Rural da Agraer de Iguatemi, Douglas Pellin.
O agrônomo da Agência ainda enfatizou a importância do público feminino na atividade. “Outro ponto que também enfatizamos dentro da visita foi incentivar a participação das mulheres rurais do nosso território vejam a importância de se fazerem presentes nesses momentos tão ricos de capacitação, discussão e troca de saberes. Tanto que do grupo, 29 eram mulheres”, disse.
O intercâmbio foi realizado por meio de uma parceria entre Agraer, Sebrae, equipe do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet) do território Cone Sul e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). “Vale ressaltar que dentro do trabalhamos também buscamos ampliar o número de município dentro do território Cone Sul que recebem a assistência da Agraer na produção de morango. A proposta é que as cidades que participaram da visita e decidirem entrar para o projeto de produção de morangos, a partir de um grupo formado, possivelmente, começará a receber este serviço”, afirmou.
Semi-hidropônico
O morangueiro é uma das principais plantas cultivadas em hidroponia, perdendo em importância somente para a alface. No Brasil, o plantio pode ser feito de várias formas: no solo, com ou sem cobertura plástica, em túneis baixos ou em estufas, ou em hidroponia, com ou sem substrato.
O sistema de hidroponia conduzido em substrato é conhecido no País como semi-hidropônico. Por meio desse sistema, o morango é cultivado em bancadas e não em canteiros de terra, o que facilita a colheita.
Nesse modelo de cultivo, o morango é produzido em substrato artificial sem contaminação por fungos. Esta alternativa é de grande importância para os produtores, pois assegura a rentabilidade da atividade, reduzindo a demanda de agrotóxicos na cultura. O cultivo protegido também evita danos causados pela ocorrência de chuvas e geadas em locais com invernos mais rigorosos e os riscos de pragas, por exemplo.
Aline Lira – Assessoria de Comunicação Agraer