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Mulheres terenas se unem, vencem obstáculos e geram renda com fabricação de pães

  • 25 abr 2023
  • Categorias:Geral
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A valorização da mulher indígena pelo trabalho foi o resultado mais valioso de uma agroindústria de pães montada na aldeia Imbirussu, em Aquidauana. Idealizada por uma associação feminina terena, a padaria trabalha conforme a demanda, mas já chegou a produzir 80 quilos de produtos para venda no PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).

“Nós temos forças para lutar, correr atrás”, diz a idealizadora do coletivo, Libertina da Silva Bueno. São 20 integrantes, das quais seis atuam diretamente no preparo dos alimentos e as demais auxiliam as famílias na lida com as hortas ou plantações.

Os vegetais colhidos são comprados pela associação e utilizados na fabricação de pães de abóbora, jatobá, batata, bocaiuva e cumbaru (iguaria considerada a castanha do cerrado).

Dessa forma, diz Libertina, o grupo também incentiva o trabalho agrícola na aldeia, que por ser enquadrado dentro da Agricultura Familiar recebe assistência do escritório local da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural)/Semadesc em Aquidauana.

Os extensionistas também forneceram o apoio necessário à constituição da associação e na documentação necessária para que as terenas participem dos editais de compras do PNAE.

História de Luta

A ideia surgiu quando Libertina participou de um grupo de economia solidária em Campo Grande. “Foi onde minha mente abriu. Eu vi pessoas pedindo e ganhando várias coisas só por terem a documentação de associação. Então graças a Deus eu consegui juntar essas 20 mulheres dispostas a contribuir”.

Ela já tinha feito curso de panificação e multiplicou o conhecimento ensinando o ofício às companheiras. “No início, fazíamos os produtos apenas para consumo das próprias famílias das associadas ou para venda em nossa vizinhança mesmo. Depois, nós tivemos a oportunidade de vender também para as escolas”, lembra Libertina.

De acordo com a presidente, a agroindústria inicialmente funcionava em um barracão anexo ao posto de saúde da aldeia, mas o cacique solicitou o prédio e elas tiveram que deixá-lo. Sem desanimar, procuraram a prefeitura de Aquidauana, que cedeu uma antiga estação ferroviária em desuso no distrito de Taunay, onde elas estão até hoje.

O trabalho tem ajudado a complementar a renda das famílias indígenas. “Na aldeia nós não temos empregos, não temos serviços disponíveis. É nessa associação que nós nos unimos para trabalhar”, afirma Libertina.

Segundo ela, o objetivo do grupo é obter apoio para a construção de uma sede própria dentro dos limites da aldeia, para que elas não precisem se deslocar diariamente a Taunay para confeccionar os pães. Para quem viu a associação nascer e crescer dentro de um cenário de lutas, o obstáculo é apenas um desafio a mais.

“Essa associação é muito importante para nós. É ali que nós nos unimos para trabalhar, é dali que nós trazemos renda para as nossas famílias”, completa Libertina.

 

Texto: Ricardo Campos Jr. – Comunicação Agraer

Fotos: Fládima Christofari – Comunicação Agraer

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