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Campo Grande (MS) – Em continuidade a capacitação sobre o novo manual do PNCF - Programa Nacional de Crédito Fundiário, a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) promoveu, nesta terça-feira (11), uma reunião com lideranças de movimentos sociais e sindicais da agricultura familiar de todo o Estado. A ação foi realizada no auditório da governadoria de Mato Grosso do Sul, Parque dos Poderes, na Capital.
Similar ao encontro realizado ontem, 10 de dezembro, o curso é ministrado pela consultora nacional do PNCF, Andréa Connolly, que enfatizou que uma das novidades da reformulação é que o programa terá um atendimento diferenciado para cada uma das regiões, ou seja, os serviços levarão mais em consideração a realidade social particular de cada uma das cinco regiões brasileiras (Sul, Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste).
“Uma das grandes mudanças do Crédito Fundiário foi a regionalização das linhas de financiamento. Então, o que antes a gente tinha a CPR, que a linha de Combate a Pobreza Rural, o recurso de SIC, não reembolsável, eles vão ser muito específicos, agora, para a área de abrangência da Sudene, todo o nordeste, norte de Minas Gerais e Espírito Santo, bem como a região Norte. Para as demais regiões do País a gente vai trabalhar com a antiga linha que a gente chamava de CAF, mas que, agora, a gente chama de PNCF Mais”, disse Andréa.
Mais completo e objetivo, o novo Manual traz, num só documento, o modelo de gestão; os critérios de acesso; as linhas com seus respectivos recursos e tetos; o regramento para o financiamento e tramitação das propostas, as ferramentas de controle social, mobilização e difusão; as atribuições de cada um dos parceiros que atuam na execução do programa, entre outras informações de igual importância para operacionalização qualificada do PNCF.
“O curso foi essencial para os extensionistas da Agraer e, acredito que com as lideranças da agricultura familiar não será diferente. Um trabalho que será essencial para o bom andamento de todo o processo de aquisição de terra”, observou a diretora-executiva da Agraer, Gisele Farias.
O secretário executivo do CEDRS (Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável), Carlos Gonçalves, apontou também que dentro dessas alterações no PNCF um ponto essencial é que os movimentos sociais e associações tenham uma bom trabalho junto aos CMDRs - conselhos municipais de desenvolvimento rural. “O Conselho Estadual é o que aprova a proposta de Crédito Fundiário vindo dos movimentos sociais dentro do Conselho Municipal. Ponto básico: nós não aceitamos uma proposta se não tiver a ata do conselho municipal, porque é esse conselho que sabe da realidade de seu município, se o preço das terras está condizente, se a propriedade é adequada para a agricultura familiar, se não há nenhum impedimento em relação às terras quilombolas, áreas indígenas, entre outros fatores”, detalhou.
São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti, Tacuru, Corguinho, Jaraguari, Três Lagoas, Dourados, Ponta Porã, Antônio João, Rochedo, Costa Rica, Paranhos, Coronel Sapucaia, Terenos, Juti e Bela Vista foram algumas das cidades representadas através dos agricultores familiares ligados aos movimentos sociais pelo interior de Mato Grosso do Sul.
Texto e foto: Aline Lira - Assessoria de Comunicação da Agraer
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