Campo Grande (MS) – Em uma reunião na manhã desta terça-feira (1º), o governo do Estado, por meio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e a Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Sepaf), deu os primeiros passos para a implantação de um plano de fortalecimento da fruticultura na Capital e municípios do entorno.
O encontro foi promovido na sede da Agência, no Parque dos Poderes, e envolveu os coordenadores de 11 municípios com alguns dos principais membros da diretoria da Agraer e Sepaf. O objetivo da ação é estimular os produtores rurais a cultivarem diferentes tipos de alimentos, em especial as frutas.
“Queremos que cada um dos escritórios municipais tenha um profissional capacitado em frutas. Desta forma teremos um servidor de prontidão para buscar parcerias com as lideranças de sua cidade e atender os produtores que se dedicam a fruticultura”, detalhou o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini.
Ao todo, 11 municípios constituem a regional da Agraer de Campo Grande: Bandeirantes, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Campo Grande, Sidrolândia e Terenos. Além de um posto avançado no Projeto de Assentamento (PA) Santa Mônica, situado no território de Terenos.
Assim que o projeto de fruticultura estiver em funcionamento à pretensão é começar a abastecer a Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa), em sua maioria de alimentos cultivados dentro das propriedades de Campo e cidades vizinhas. A estratégia reduz os gastos com transporte e, consequentemente, torna a agricultura familiar local mais competitiva frente aos grandes produtores.
“A Ceasa comercializa grandes quantidades de produtos. Levando em consideração as condições do clima e do solo da nossa região é possível fomentar a produção local com o cultivo de melancia, abacaxi, cenoura e tomate, por exemplo,”, citou Felini.
Para o secretário da Sepaf, Fernando Lamas, o projeto se faz interessante por ter como meta o aproveitamento do potencial de Campo Grande, uma vez que é a cidade com maior densidade demográfica. “Cerca de 80% da população mora na Capital do Estado. É uma população com um potencial de consumo enorme. Os municípios do entorno são altamente privilegiados porque estão diante de um grande consumidor”, observou.
Mas para que o projeto tenha o resultado esperado, Lamas apontou medidas cruciais. “O mercado é exigente e não quer apenas produção, mas uma regularidade na entrega dos produtos. É isso que fideliza o cliente. Então, além de incentivá-lo na produção temos que repassar noções de conhecimento de mercado para que seus produtos sejam competitivos”, afirmou.
O projeto de fomento a fruticultura deverá funcionar de dentro para fora. Primeiro os agricultores serão incentivados ao cultivo através dos serviços de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) e, a partir daí, receberão instruções para a venda dentro do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf), na Ceasa.
“O êxito do projeto dependerá também de outras medidas, como incentivo ao crédito rural e parcerias com faculdades e outras importantes instituições experientes em linhas de pesquisa”, destacou o secretário da Sepaf.
Durante o tempo da reunião, o grupo ainda tratou sobre outros assuntos pertinentes, tais como: piscicultura, bacia leiteira, terras degradadas, Ceasa de Dourados, agroecologia e quadro administrativo de funcionários, concursos. “Na próxima semana, dia 8, será lançado o programa de terras degradadas. Queremos que a Agraer esteja envolvida nessa ação da Sepaf”, lembrou Felini.
Participaram da reunião o secretário da Sepaf, Fernando Lamas, o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, o superintendente da Sepaf, Edwin Bauer, o diretor-executivo da Agraer, José Alexandre Trannin, o diretor do Centro de Capacitação e Pesquisa (Cepaer), Antônio Ayrton Morcelli, gestor do Cecaf, Nei Salviano, gerente de desenvolvimento agrário e abastecimento (GDA), Silvio Vargas e o coordenador regional da Agência de Campo Grande, Paulo Márcio Vieira.
Além dos coordenadores municipais André Guidolin (Campo Grande), Similla Horing (Bandeirantes), Arioval Diogo Baltha (Corguinho), Mamede Borges (Jaraguari), Elisméia Borges (Nova Alvorada do Sul), Luiz Roberto Santos (Ribas do Rio Pardo), Tércio Jorge Júnior (Rochedo), Daniel Antônio da Silva (Sidrolândia) e a coordenadora do Posto Avançado (PA) Santa Mônica, Jennifer Collante.
Aline Lira – Assessoria de Comunicação Agraer/ Fotos: Dunga