Fruto com comercialização recente no Brasil, a pitaya tem conquistado espaço na Agricultura Familiar. Em Ivinhema, o produtor Antônio Timóteo solicitou apoio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) para identificar a presença de larvas em uma pequena plantação de pitaya.
Os extensionistas da Agraer Valdeci Sebastião e Teonília Pereira da Silva visitaram a lavoura e observaram a presença de larvas da praga no interior da planta e enviaram fotos e vídeos para pesquisadores da Agraer, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) para identificar o problema.
“Um grupo de entomologistas conseguiu identificar que a praga era a Cactoblastis cactorum, conhecida como a mariposa do cacto. Ela é nativa da América do Sul, com forte presença na Argentina, podendo ser encontrada também no Uruguai e no Brasil”, informou Valdeci.
Cuidados
Valdeci e Teonília recomendam os cuidados necessários para o manejo de lavouras que apresentarem essa praga. “É necessário eliminar parte da planta afetada, destruindo as larvas e instalando próximo à lavoura uma armadilha luminosa para fins de captura da praga na fase adulta. Outra recomendação é aplicar a calda bordalesa como método de prevenção de doenças”, destacou Teonília.
Em geral, para prevenir ataques de pragas, eles também recomendam o uso de calda sulfocálcica. “O uso de produtos biológicos ajuda na prevenção de doenças, sem afetar os inimigos naturais da mariposa do cacto, já que existem muitos predadores dessas plantas”, complementou Valdeci.
Texto: Fládima Christofari, Agraer
Fotos: Valdeci Sebastião e Teonília Pereira da Silva - Agraer de Ivinhema
Publicado por: Alcineia Santos Maceno da Silva