Dia do citricultor: por que apostar em limão, laranja ou tangerina?

Categoria: Geral | Publicado: quinta-feira, junho 8, 2023 as 07:45 | Voltar

Apesar de ser adotada em pequena escala pelos agricultores familiares de Mato Grosso do Sul, a produção de frutas cítricas é uma boa aposta para diversificar a produção e gerar renda. De janeiro a maio de 2023, as Ceasa (Centrais de Abastecimento) comercializaram 8,3 mil quilos de laranjas, limões e tangerinas, dos quais somente 18% foram colhidos no Estado.

O montante de frutas que vieram de outras unidades da federação nesse mesmo período foi de 6,8 mil quilos em 2023. Os números mostram que há espaço no mercado para os interessados em investir neste nicho de cultivo.

De acordo com informações das Ceasa, o preço médio da saca com 20 quilos de limões sul-mato-grossenses, por exemplo, chegou a sair por R$ 50 em maio. Naquele mês, o preço médio foi de R$ 40,80. Enquanto isso, as mesmas frutas trazidas de São Paulo foram comercializadas por R$ 60, mostrando o quanto os consumidores estão dispostos a pagar pelos produtos.

A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) fornece assistência técnica a 144 agricultores familiares que trabalham com algum tipo de citros espalhados em 26 cidades. Ivinhema detém a maior parte dos atendimentos, com 82 propriedades ao todo.

Segundo informações das coordenações dos escritórios municipais, a produção média mensal desses pequenos produtores é de 243 quilos da fruta por mês, embora em alguns casos, como Coxim, por exemplo, os resultados alcancem 1,4 mil quilos.

O engenheiro agrônomo Ubirajara Coelho, responsável pelo setor de fruticultura da Agraer, afirma que os pequenos produtores ainda têm receios quanto à viabilidade econômica dessa cultura.

“É por isso que nós estamos realizando esse trabalho de divulgação e incentivo, além de organizar a cadeia produtiva da citricultura no Estado, mostrar ao produtor que ela é viável, iniciando com o limão, que é mais rústico”, explica.

Existem tecnologias que favorecem o plantio da lima ácida thayti, principal variedade comercializada. Uma delas é o porta-enxerto flying dragon, que segundo Ubirajara é resistente a doenças e deixa a planta baixa, o que facilita a colheita por evitar o uso de escadas e alivia a necessidade de mão de obra para o agricultor familiar.

O citricultor Anderson Gil Marques, do assentamento São Luiz, em Campo Grande, optou pelo limão, usando o porta-enxerto flying dragon, pela facilidade da cultura perene. “Facilita para eu não ter que plantar algo diferente a cada ano. Eu cuido do meu pomar e ele vai seguir produzindo até daqui a 15 anos”, explica.

Por ser menor, ele conseguiu colocar até 500 árvores por hectare. “Você não levanta o pescoço para achar e colher a fruta. Ela fica na altura dos olhos. A nossa expectativa é nos tornarmos uma referência caminhando ao lado da Agraer, que nos incentiva e fornece assistência técnica. Eu gosto de mexer com citricultura e vou incentivar quem tiver interesse”, completa.

 

Texto: Ricardo Campos Jr. – Comunicação Agraer

Fotos: Néia Maceno – Comunicação Agraer

Publicado por: Alcineia Santos Maceno da Silva

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