No caminho do aprendizado sobre cores e sabores do agro, crianças da rede municipal de ensino que estudam no CEI Sorriso da Criança, em Tacuru, visitaram uma plantação de morangos. Esta é a terceira etapa de um projeto que começou no milharal e já passou pela lavoura de mandioca para mostrar aos pequenos de onde vêm os alimentos.
Como das outras vezes, depois de conhecerem, experimentarem e (em alguns casos) colherem os cultivares, os estudantes colocam a mão na massa e produzem receitas à base dos hortículas.
O escritório da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) em Tacuru é parceiro do município na organização do projeto. Extensionistas acompanham as excursões e em alguns casos até dão pequenas explicações sobre o processo de plantio, sempre com linguagem acessível à idade dos participantes.
No caso dos morangos, o dia de campo foi realizado na propriedade de Paula Garcia Cardin. Ela importou mudas de uma variedade espanhola da fruta. As particularidades do cultivo chamaram a atenção dos meninos e meninas, como por exemplo a irrigação feita por baixo da terra para evitar a proliferação de fungos nas folhas.
Além disso, os alunos também descobriram que o amadurecimento não acontece fora do pé, como no caso das bananas. Dessa forma, não adianta colhê-los verdes que eles não mudarão de cor.
“Essas mudas requerem uma atenção melindrosa inclusive na adubação correta da água. Outra novidade para as crianças é que os morangos são plantados no alto, com sistema de hidroponia e em bolsas cheias de substrato de casca do coco, e não na terra como é o convencional”, explica a extensionista Karisma Lago Bastos Bruno, que acompanhou a excursão.
Por conta das peculiaridades da plantação de morangos, os estudantes não puderam fazer a colheita, mas cada um recebeu um morango para tocar, cheirar e degustar.
“Diferentemente das outras ocasiões, as turmas foram divididas em pequenos grupos para que pudessem prestar mais atenção na explicação da Paula. Ela conduziu os pequenos falando de forma objetiva e clara para que todos pudessem compreender os processos até que as frutas estivessem prontas para consumo”, diz Karisma.
Além dela, também acompanhou a excursão da diretora do CEI, Ana Cristina Espindola, além de todas as professoras e monitores responsáveis pelas crianças.
Texto: Ricardo Campos Jr. – Agraer
Fotos: Escritório da Agraer em Tacuru