Na última terça-feira (10) os gestores de desenvolvimento rural do escritório da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) de Campo Grande, José Soares Sobrinho e Martín López dos Santos coletaram amostras de solo nas hortas da Escola Agrícola Barão do Rio Branco no Distrito de Rochedinho. A ação aconteceu durante as atividades da disciplina Práticas Agrícolas e Práticas Zootécnicas com turmas do 6º e do 9º ano.
Na instituição existem dois tipos de horta, ambas coordenadas por um grupo de docentes. A horta orgânica recebe adubação natural constantemente e é composta por hortaliças folhosas como couve e alface.
- Professora Crissia Fernanda Tapeti de Souza
- Professora Crissia Fernanda Tapeti de Souza
A horta sintrópica tem como principal característica a não intervenção, mantendo os processos de sucessão da natureza. A estrutura da mata é mantida, sem a remoção das espécies nativas formando um sistema de auto-alimentação, não são utilizados defensivos ou agrotóxicos e nos filetes têm cultivos consorciados, com uma diversidade maior de hortaliças.
“Temos também um meliponário e as abelhas sem ferrão atuam na polinização das plantas” explicou a professora Crissia Fernanda Tapeti de Souza.
Antes de iniciar a coleta nas duas plantações, foram realizadas rodas de conversa com o objetivo de repassar aos estudantes as finalidades de uma análise de solo. Martín pontuou que uma boa análise permite identificar as correções de nutrientes e as recomendações de adubação, “sendo possível garantir um melhor crescimento das plantas e aumentar a produtividade”, frisou.
As coletas das amostras foram feitas com um perfurador de solo que também foi manuseado pela professora e pelos alunos sob a supervisão dos técnicos. O equipamento de alta precisão alcança profundidades maiores, além de agilizar a amostragem composta, quando são feitas coletas em vários pontos de uma mesma área. As amostras reunidas no colégio foram encaminhadas ao laboratório e o resultado da análise irá embasar os trabalhos futuros da equipe da Agraer quanto aos reparos químicos e físicos necessários no terreno.

Professora Leowilza Therezinha de Souza Fay
Para a professora e bióloga Leowilza Therezinha de Souza Fay a atividade contribuiu com as práticas das crianças em relação ao manejo do solo, “essa iniciativa possibilitou que os alunos entendessem todo esse processo analítico, isso é muito benéfico para nós” afirmou.
Em 2022, por meio de uma parceria firmada entre a Agência e a Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), foi montado um Posto Avançado de Apoio ao Produtor da Agraer na unidade de ensino, com o propósito de atender às demandas educativas e da comunidade relacionadas à Agricultura Familiar.

Diretor escolar Francislei Galdino da Silva
“Essa visão mais técnica colabora muito para o desenvolvimento de nossas práticas pedagógicas, nosso planejamento é de que as equipes da Agraer se reúnam com os nossos professores auxiliando com o conteúdo das aulas”, destacou o diretor escolar Francislei Galdino da Silva.
A Escola Agrícola Barão do Rio Branco funciona em período integral e são três níveis de ensino. Na educação infantil há um contato inicial com as plantas e a produção de animais. Já nas grades curriculares do ensino fundamental I e II são desenvolvidas atividades semanais de iniciação, de práticas agrícolas e de criação, conservação e produção animal.
Texto, fotos e vídeo: Igor Moura – Assessoria de Comunicação Agraer