Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) orienta os condutores de pequeno porte evitarem de trafegar pela rodovia MS-184, conhecida como Estrada Parque. A água da chuva que provocou a cheia do rio Miranda no final de fevereiro chegou à região e em alguns trechos a água está transpondo a pista. A previsão é de que nos próximos dias a rodovia esteja com lâmina d’água de 25 a 30 centímetros.
O fenômeno natural que já faz parte da rotina dos pantaneiros, não está prejudicando a passagem de caminhonetes e caminhões. A MS-184 é utilizada para o transporte de gado e também pelos turistas que se dirigem às pousadas instaladas na região da Estrada Parque. A Agesul recomenda que os turistas que estejam em carros pequenos peguem a rodovia MS-432, que dá acesso ao Distrito de Albuquerque. Nesse caso, é necessário utilizar o serviço de balsa no Porto da Manga.
A Estrada Parque é uma das principais rodovias utilizadas pelos turistas e para o transporte de gado. Por isso, o Governo do Estado, por meio da Agesul, mantém acompanhamento permanente e vem realizando a manutenção constante das pontes e realizando o cascalhamento nos locais onde há necessidade.
Essa ação do Governo têm garantido aos pantaneiros a retirada do gado da parte baixa do Pantanal, que já começa a enfrentar cheia atípica, por conta do excesso de chuva registrado no Estado no final do ano passado e início deste. Com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário (Fundersul), o Estado investiu R$ 1,5 bilhão na recuperação de cinco mil km de estradas e pontes em três anos, garantindo infraestrutura para escoamento da produção agropecuária e, em especial, o atendimento aos pantaneiros. Na planície, acessos em implantação cortam o centro do Pantanal e interligam as regiões de Coxim, Rio Verde, Aquidauana, Corumbá e Porto Murtinho.
Os fazendeiros e empresários de turismo da região esperam uma segunda cheia, a do rio Paraguai, que corta a MS-228 no Porto da Manga, entre maio e junho. O transbordamento do rio, no entanto, deve ocorrer até o fim deste mês e, dependendo da intensidade, pode deixar a estrada submersa e, às vezes, interditada. A quantidade de camalotes encobrindo o leito do Paraguai é indicativo de que o seu nível sobe ao receber águas dos afluentes Taquari e Negro.
Paulo Yafusso – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)
Fotos: Agesul