Alternativas econômicas para correção do solo, fosfato e potássio natural são temas de estudo

Categoria: Geral | Publicado: terça-feira, janeiro 3, 2023 as 09:36 | Voltar

O município de Bonito tem jazidas de minerais que são alternativas sustentáveis para a fertilidade do solo. Pensando no seu uso potencial para a Agricultura Familiar, um estudo do Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer (Cepaer) avaliará o efeito de diferentes doses do fosfato natural encontrado sob o município turístico juntamente com o potássio natural de Goiás.

“Nós vamos comparar as aplicações em pastos da espécie Braquiária Brizantha cv. Piatã. A unidade experimental onde o estudo será feito fica em uma área do próprio Cepaer”, explica o agrônomo doutor em Produção Vegetal Sandro Cardoso. Ele coordena a pesquisa juntamente com Jolimar Antonio Schiavo (UEMS), Antonino Hypólito Dias Neto (Agraer), Tatiana da Costa Moreno Gama Lopes (UCDB) e Edimilson Volpe (Agraer).

Essas reservas de fosfatos de Bonito estão localizadas perto de áreas utilizadas para a produção agropecuária e o seu uso reduz a necessidade de importação do mesmo.

Além da avaliação dos compostos, o grupo vai compará-los com fertilizantes químicos no intuito de definir as melhores doses e qual dos dois tipos responde melhor ao ser utilizado no campo.

O estudo é financiado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect) com a Indústria de Fosfato Natural Edem, que destinou um total de R$ 115 mil para a sua realização.

Mais em conta e mais próximo

Sandro já trabalha com os efeitos desses corretivos naturais há algum tempo. Em dezembro, ele emitiu um comunicado técnico relatando os resultados de um estudo semelhante também feito em parceria com a Edem, revelando os benefícios dos minerais para a pastagem com gramínea (Brachiaria brizantha cv. Piatã) e leguminosas (Stylosanthes guianensis cv. Bela e Stylosanthes spp. cv. Campo Grande).

“A pesquisa começou em 2019 e mostrou que desde o primeiro ano, houve uma elevação linear na concentração do nível de fósforo no solo. Além disso, também mostrou que a atividade biológica foi ativada em determinado momento, sem elevação dos níveis de cálcio. A produção de massa seca foi elevada principalmente quando se aplica entre 1,2 mil e 1,5 mil kg”, diz o doutor em Produção Vegetal.

Os resultados, tanto do estudo mais antigo quanto o apoiado pela Fundect, são de extrema importância para a agricultura familiar porque revelam mais uma opção acessível para correção do solo.

“Eu diria que é um instrumento orientador para que os técnicos que vão a campo possam recomendar essas fontes de fósforo natural, que são do Estado e mais baratas. Com a pesquisa, eles terão os resultados que permitirão balizar as adubações e saber em quanto tempo virá a resposta. Essa integração entre a ciência e a agricultura familiar é algo que eu sempre defendi. Temos que fazer os trabalhos chegarem ao produtor”, completa.

 

Texto: Ricardo Campos Jr. – Assessoria de Comunicação da Agraer

Foto: Divulgação

Publicado por: Alcineia Santos Maceno da Silva

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