Campo Grande (MS) – Para uma melhor prestação dos serviços de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) aos agricultores familiares do Estado que fazem uso do atendimento da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), a dirigência da Instituição promoveu uma reunião com todos os seus coordenadores regionais e municipais, na manhã desta segunda-feira (31), no auditório do bloco XII, Parque dos Poderes.
O encontro reuniu os profissionais que encabeçam as ações da Agraer nos 79 municípios sul-mato-grossenses a fim de fazer um balanço sobre as ações e as demandas de cada um dos escritórios. “Reformamos prédios, mexemos um pouco no quadro administrativo com troca de coordenadores, mudamos algumas agências para prédios próprios. Tudo pensando na geração de economia da Agraer. Dinheiro que fica na entidade para melhorias internas e investimentos diretos na agricultura familiar”.
De acordo com o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, com as estratégias de gestão será possível dar um suporte a mais para as coordenadorias regionais da Agência cuja uma de suas atribuições é dar assistência aos escritórios municipais. “Vamos deixar cada regional com um carro e uma moto de reserva para atender os profissionais em momentos que forem necessários. Às vezes, um profissional deixa de atender no campo, porque está com o veículo na manutenção. Essa é uma alternativa que a empresa encontrou para agilizar o trabalho de vocês”, explicou.
A abertura dos trabalhos contou com a participação do secretário de Estado da Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas. “Recentemente na mídia foi divulgado um estudo de que até 2030 a população rural no País terá um percentual de 10%, ou seja, uma pequena parcela da população brasileira viverá no campo, enquanto, os 90% estarão no meio urbano. Então, há desafios maiores para a nossa agricultura e todo debate é pertinente para um planejamento de atividades a curto, médio e longo prazo”, enfatizou o secretário.
Convênios para concessão de equipamentos agrícolas para associações, prefeituras e agricultores, exposições agropecuárias, atividades na área da bacia leiteira, piscicultura e hortifrutigranjeiros, agroindústrias, atividades da Ceasa de Campo Grande, construção da nova Ceasa em Dourados, fomento ao agricultor familiar para produção e comercialização sem o uso de atravessadores foram alguns dos pontos discutidos.
A importância da liberação de créditos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e o aumento de vendas de alimentos dos pequenos produtores dentro de programas como PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) também estiveram entre os temas pautados.
Outra questão abordada foi as atividades do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). “A importância da contratação de Ater no crédito fundiário que seja da Agraer é muito importante. Já tivemos casos de entidades que assumiram o compromisso da prestação e depois por um motivo ou outro não deram continuidade. Coube a Agraer assumir esse papel já sem o recurso que foi viabilizado para o custeio da Ater”, informou a coordenadora da Unidade Técnica do Crédito Fundiário de MS e da Agraer, Tânia Regina Minussi.
Também esteve presente o diretor-executivo da Agraer, José Alexandre Trannin, o gerente de Desenvolvimento Agrário e Abastecimento (GDA), Araquem Midon, e o superintendente da Sepaf, Edwin Baur.