A agricultura de precisão é uma realidade na produção rural brasileira, seja na cultura da soja, do café, do milho, entre outras. Essa moderna tecnologia nada mais é do que aplicar na terra de um determinado talhão, em áreas de 1, 10, 100, 200 metros quadrados a quantidade exata do insumo em função da necessidade do solo, para correção da acidez e dos nutrientes essenciais. Assim, o produtor não colocará nem mais, nem menos, do que o solo e a planta necessitam para responder ao potencial que aquela determinada cultura é capaz de prover.
Uma alternativa interessante de se ter numa agricultura de precisão é através do uso do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), que é capaz de identificar, por exemplo, com tamanha precisão o número de plantas do estande de uma área de milho, por exemplo. A vantagem do VANT é que esse equipamento pode voar até duas horas. Fazendo até 5.000 hectares por dia e até 30 Km de distância do ponto de decolagem.
Para exemplificar uma das utilidades, suponhamos que o agricultor planejou um número de 150 mil plantas por hectare e no sobrevoo verificou-se que existem apenas 135 mil, ou seja, 10% a menos. Se o híbrido utilizado tiver uma capacidade produzir mais de uma espiga por pé (prolificidade alta) será possível corrigir essa falha de plantio através de uma adubação de cobertura que não estava prevista, de modo que a área responda com mais espigas por planta, recuperando, assim, a produtividade desejada para aquela área.
“O pequeno agricultor precisa dessa tecnologia porque são esses produtores que mais carecem da racionalidade na utilização de insumos e na otimização dos recursos investidos na produção de alimentos. Por isto, não mediremos esforços para que os pequenos agricultores de Mato Grosso do Sul tenham acesso à tecnologia que contribuem para a sustentabilidade da produção agropecuária.” afirmam os diretores da Agraer.
Texto: Fernando Nascimento – Diretor Executivo da Agraer
Fotos: Divulgação