A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) marcou presença através do seu diretor-presidente Enelvo Felini, do lançamento do Banco do Brasil, no município de Dourados, da agência Parque dos Ipês com atendimento especializado em Agronegócio. A solenidade foi realizada na última quinta-feira (20). Essa é a primeira agência do País que segue um tipo de atendimento voltado, exclusivamente, para o agronegócio.
A agência funcionará em horário estendido por agendamento, com equipe especializada e consultoria de engenheiros agrônomos, conforme informações repassadas pela própria instituição financeira.
Com 62% do mercado de crédito rural no País, o Banco do Brasil indica que os municípios de Araçatuba (SP) e Cascavel (PR), também contarão com esse modelo de atendimento. A Instituição pretende expandir o modelo para outras praças que apresentam vocação para o agronegócio.
Para o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, a ação do banco não é nenhuma surpresa haja vista a atenção dada desde ao agronegócio até a agricultura familiar. “O Banco do Brasil é uma instituição parceria do governo de Mato Grosso do Sul. A Agraer teve o prazer de firmar boas iniciativas com a entidade dentro do Pronaf [Programa Nacional de Agricultura Familiar], a exemplo do Pronaf Digital, em que o produtor não precisa ir até o banco para levar a documentação. Tudo é feito on-line via Banco do Brasil e Agraer e o produtor vai ao banco apenas para assinar a papelada”, explicou.
A iniciativa visa reafirmar a parceria do próprio banco com os seus clientes. “Por essa razão estamos lançando um atendimento ainda mais especializado, de forma que o produtor se sinta em casa e encontre todas as soluções para o desenvolvimento da sua atividade”, afirma o vice-presidente de Governo, Júlio Cezar Alves.
Dentro do Mato Grosso do Sul, o Banco do Brasil responde por mais de 85% de todo o crédito rural aplicado. Com foco no desenvolvimento do agronegócio, a instituição financeira atua também em parcerias com o Governo do Estado, a exemplo do Programa Estadual de Recuperação de Pastagens Degradadas – Terra Boa, que tem como meta promover, em cinco anos, a recuperação e manutenção da capacidade produtiva de dois milhões de hectares de pastagens degradadas.
Programa esse que foi destaque também no pronunciamento do presidente da Famasul, Maurício Saito. “Nós temos, hoje, em andamento todo um processo de sensibilização, o projeto Terra Boa no estado inteiro de Mato Grosso do Sul. Um programa que basicamente será de incentivos fiscais para aquele que possa fazer correção das pastagens degradadas. Extremamente importante à presença do Estado, aqui, junto neste lançamento de agronegócio para que possa efetivamente colocar em andamento esses projetos que, sem dúvida, vai melhor mais ainda o potencial produtivo do Mato Grosso do Sul”, disse.
“Atualmente, no Estado, são cerca de 8 milhões de hectares de terras degradadas em diferentes níveis de proporções. Isso são dados da comunidade científica, dados da Embrapa. Com esse tipo de parceria, Banco do Brasil, Governo do Estado e instituições privadas, nós podemos conseguir corrigir essas áreas degradas dentro de Mato Grosso do Sul. Muito mais do que, simplesmente, pensar na correção com resultado econômico, pensar na consolidação da produção sustentável ao longo do tempo através do programa Terra Boa”, afirmou Saito.
Segundo o superintendente estadual do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Araújo, a agência trará estreitamento com o setor. “O Mato Grosso do Sul é um verdadeiro celeiro de farturas. Nós temos, hoje, em Mato Grosso do Sul 86% de participação no mercado do agronegócio. Então, é um dos motivos pelo qual nós conseguimos trazer para Mato Grosso do Sul a primeira agência do País nesse novo modelo de relacionamento. Só essa agência tem um montante de recursos aplicados no agro maior que a soma de diversos estados menores”, detalhou.
A Grande Dourados compreende os municípios de Caarapó, Deodápolis, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Jateí, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Vicentina e Juti. Conforme informações do SIGA/ MS – Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio, a área referente ao cultivo do milho safrinha na região soma, aproximadamente, 465 mil hectares, enquanto que a soja totaliza 530 mil hectares.
Além disso, a área é destaque na avicultura, com um rebanho de aproximadamente 9 milhões de unidades, respondendo por 34% do total de MS. No efetivo suíno são cerca de 575 mil unidades, com participação de 44,7%. Já o rebanho bovino ultrapassa, segundo os dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas 1,07 milhão de unidades.
Também esteve presente no evento, o secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas; a diretora do Sistema Famasul e da Aprosoja/MS , Thais Faleiros; o vice-prefeito de Dourados, Odilon Azambuja, o presidente da Aprosoja, Christiano Bortolotto, o vice-prefeito de Dourados, Odilon Azambuja, e o presidente da Faems, Alfredo Zanutti, entre outras autoridades.