Campo Grande (MS) – Do churrasco aos domingos a corriqueira farofa do almoço do meio de semana, a mandioca é um produto recorrente na mesa dos sul-mato-grossenses. E se não bastasse sua presença cultural, uma vez que o cultivo da planta é um dos mais antigos e tradicionais no País, pois já era cultivada pelos índios antes mesmo das caravelas portuguesas aportarem nas praias tupiniquins. Nos dias de hoje, a mandioca é bastante aproveitada na alimentação de bovinos, suínos e aves.
Diante de toda essa utilidade em um único alimento é que a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) tem se empenhado em desenvolver pesquisas e apoiar iniciativas que fomentem a lavoura da mandioca na agricultura familiar. Como foi o caso desta quinta-feira (14) em que um grupo de servidores da instituição pública de Ater – Assistência Técnica e Extensão Rural, mobilizou cerca de 60 agricultores de seis assentamentos para o workshop sobre o cultivo da planta.
O grupo de agricultores familiares é oriundo dos assentamentos Conquista, Estrela Campo Grande, Estrela Jaraguari, Sucuri, Pôr do Sol e Só Alegria. “Agradeço a mobilização dos nossos técnicos para trazer os produtores. Essa atitude foi essencial para que os cursos acontecessem com o devido sucesso. Apenas o curso sem demanda não consegue levar a informação. Um depende do outro e o papel das entidades públicas é levar conhecimento aos agricultores”, destacou o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira.
O curso foi promovido pela Sedesc – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio de Campo Grande e contou com importantes parcerias além da Agraer, tais como: UCDB, Ceasa de MS, Semagro – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar e a Embrapa Agropecuária Oeste, com base no município de Dourados.
“Para nós da Embrapa, em particular, temos poucas pesquisas voltadas para a mandioca de mesa. A gente tem mais sobre a mandioca industrial, ou seja, para produção de fécula. Então, essa parceria com a Sedesc é importante porque se abre uma possibilidade para o planejamento do ano que vem”, disse, em tom idealização, o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Otsubo,
O curso contou com aulas sobre agilidade no projeto do material de plantio da mandioca, melhoria na seleção de manivas, baixo custo da produção e facilidade de utilização do produto. Além de uma atividade de campo e um café da manhã e um chá da tarde com pratos que continham em sua receita a mandioca como carro chefe. O cardápio contou com o trabalho das servidoras da Agraer, Maria Elieuza Viana e Cleonice Jacomelli.
“Todo o curso foi pensado para dar maior produtividade para Campo Grande e região. As parcerias foram essenciais para a concretização do workshop e nossa meta é dar continuidade aos trabalhos”, afirmou o superintendente de Agronegócio da Sedesc, João Krabbe.
Também participou do workshop promovido na Cidade dos Meninos, saída para Cuiabá, o superintendente da Semagro, Rogério Beretta, o pesquisador da Embrapa da Bahia, Rodney Rinzemberg, o secretário Adjunto da Sedesc, Fernando Amorim, o presidente da Ceasa de MS, Francisco Pacca, o deputado estadual Enelvo Felini, o gerente de GDA da Agraer, Araquem Midon, o coordenador da regional da Agraer de Campo Grande, Silvio Vargas e o agricultor familiar João Soares Amaral. Além de produtores rurais e servidores da Agraer, Embrapa e Sedesc.
Texto: Aline Lira/Fotos: Néia Maceno – Assessoria de Comunicação da Agraer