A Agraer continua dando suporte técnico à Câmara Técnica de Bonito e Jardim, coordenada pela Semagro nos trabalhos de Manejo e Conservação de Solo e Água, nas sub-bacias do Rio Formoso e do Rio da Prata, em parceria com a Prefeitura Municipal, Instituto de Desenvolvimento de Bonito – IDB, Agesul e Imasul.
Os trabalhos da Câmara Técnica nas sub-bacias continuam em várias frentes. A análise de Projetos de Conservação de Solo e Água, em áreas que o interessado deseja fazer alguma movimentação de solo, totalizou, até essa data, 25 projetos, na safra 2019/20, abrangendo uma área de 4.280 hectares nas duas bacias. “Muitos desses projetos sofreram adequações para que o produtor implante um sistema de conservação de solo e água seguro e eficaz, de modo que o desenvolvimento de sua atividade não venha causar danos às estradas rurais e ao meio ambiente”. Comentou o Superintendente da Semagro Rogério Beretta.
A Semagro ainda trabalha na formatação de um programa piloto de Pagamento de Serviços Ambientais – PSA para as duas sub-bacias, como estratégia de valorização dos produtores rurais que tenham iniciativas de restauração ambiental e aplicação de técnicas e práticas conservacionistas.
O Secretário Jaime Verruck orientou sua equipe para que o trabalho desenvolvido nessas sub-bacias reduza, a curto prazo, os impactados ambientais, contribuindo para que as águas da região da Serra da Bodoquena permaneçam transparentes e em volumes suficientes, garantido assim seu valor ambiental e turístico.
A Agraer, seguindo essa orientação, destacou um técnico para atuar nesse Programa de Conservação em tempo integral. Segundo o Diretor-presidente, André Nogueira, “o servidor da Agraer de Bonito, Paulo Gimenes leva orientações técnicas aos produtores, introduzindo práticas conservacionistas em áreas de lavouras e pastagens, sempre de forma integrada com as estradas vicinais, assim os resultados positivos já puderam ser observados no último período chuvoso. O benefício é experimentado pelos caminhoneiros que transportam a produção agrícola, pelos produtores e pelos turistas que trafegam nas estradas desses municípios”.
O trabalho da Câmara Técnica, analisando o Cadastro Ambiental Rural – CAR das propriedades, identificou que nas sub-bacias do Rio da Prata e do Rio Formoso que, respectivamente, 35,0% e 45,0% de vegetação nativa nas propriedades rurais, bem acima dos 20,0% exigidos, por lei, para reserva legal. “Foi uma surpresa bastante gratificante verificarmos que as sub-bacias estão muito bem nesse quesito relevante para a sustentabilidade do sistema”, conclui Beretta.
A Agraer não é apenas uma Instituição que trabalha para a melhoria da renda e da qualidade de vida dos pequenos produtores rurais, mas também desempenha o papel de contribuir com recuperação e conservação dos recursos ambientais de Mato Grosso do Sul, em especial o solo e a água.
Texto: Diretor-executivo da Agraer Fernando Nascimento