O setor de Agroindústrias e Compras Públicas da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) finalizou a terceira edição dos Encontros Setoriais da Agricultura Familiar voltados a atualizações e trocas de experiências sobre a cultura da mandioca, alternativas de processamento para agregação de valor e comercialização.
Participaram do encontro agroindústrias de processamento de mandioca, mandiocultores, agricultores familiares e extensionistas rurais que atendem esse público. Ao todo foram 45 participantes dos municípios de Campo Grande, São Gabriel do Oeste, Terenos, Sidrolândia, Jaraguari e Rio Negro nesta última edição.
Conforme a gestora de desenvolvimento rural e responsável pelo setor, Denise de Miranda, a primeira edição do encontro ocorreu em Glória de Dourados, no dia 12 de julho em uma parceria com a Associação dos Produtores de Orgânicos de MS (Apoms) e os dois últimos foram realizados nos dias 16 de setembro e 17 de novembro no Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer (Cepaer), em Campo Grande.
“Nesses três encontros tivemos a participação de pesquisadores da Embrapa que trabalham com a cultura da mandioca para explicar sobre as particularidades, alternativas, variedades e as possibilidades dessa cultura, que é um dos grandes geradores de renda para agroindústrias e produtores familiares”, destacou Denise.
O último encontro contou com palestras que abordaram as possibilidades de comercialização da mandioca no Estado, o manejo integrado de insetos-praga na cultura, os aspectos tributários para emissão de notas fiscais para agricultores familiares e um relato de caso de sucesso de uma agroindústria familiar de mandioca credenciada no Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária de Mato Grosso do Sul (Prove).
Temas
A terceira edição do Encontro Setorial da Agricultura Familiar – Sistemas de Produção de Mandioca contou com a presença do diretor de abastecimento e mercado da Centrais de Abastecimento de MS (Ceasa) Fernando Begena que abordou o papel da Ceasa na comercialização de hortifrutigranjeiros em Mato Grosso do Sul, ressaltando a origem da mandioca comercializada no Estado.
Os números apresentados chamaram a atenção dos participantes. Isso porque, segundo Begena, a maior parte – dois terços - da mandioca comercializada na Ceasa é originária de 10 municípios de Mato Grosso do Sul, enquanto um terço delas são de estados vizinhos, mostrando que existe demanda para aumentar a oferta interna do produto. Fernando também abordou as opções de comercialização de mandioca dentro da Ceasa, seja pelo aluguel de boxes ou no Centro de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf), com opção acessível ao agricultor familiar.
Na sequência das apresentações, o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Rudiney Ringenberg falou sobre os principais insetos-praga que prejudicam a lavoura: especialmente a mosca-branca e o mandarová, apresentando as alternativas para o monitoramento e o controle das pragas, enfatizando o uso controle biológico como a melhor opção para garantir economia e qualidade da produção.
O servidor público da Secretaria Estadual de Fazenda Ewerton Cruz Cordeiros realizou um bate papo com os participantes sobre as dúvidas quanto às emissões de notas fiscais e os tipos de produtos que apresentam isenção ou diferimento fiscal.
As discussões terminaram com o compartilhamento da experiência da agricultora familiar Jivanil Moura, credenciada no Prove desde 2014. Com o apoio da Agraer, ela conseguiu financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para instalação da energia solar em sua agroindústria e hoje comemora o uma redução significativa de custos.
Confira no vídeo a seguir o depoimento da agricultora familiar Jivanil Moura:
Texto e Fotos: Fládima Christofari/Assessoria de Comunicação Social da Agraer
Publicado por: Alcineia Santos Maceno da Silva