Campo Grande (MS) – A cadeia produtiva da abóbora e da batata-doce, os avanços relacionados ao trabalho de melhoramento e a demanda por estratégias de comercialização e expansão de mercado foram os principais assuntos debatidos por pequenos produtores junto a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), nesta quinta-feira (30).
Intitulado de I Encontro da Produção e Comercialização da Abóbora e Batata-Doce, o evento foi realizado, no auditório do Sinterpa, na Capital e reuniu cerca de 120 pessoas entre agricultores familiares, homens e mulheres experientes e iniciantes no ramo e profissionais da Agência.
“Atualmente cerca de 90% da batata-doce que é consumida no Mato Grosso do Sul vem de outros estados, especialmente, São Paulo. A abóbora o índice é menor, em torno de 40%. Contudo, temos clima e solo propício para invertermos essas estatísticas, com uma maior produção interna”, afirmou o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini.
Consideradas de fácil cultivo, a abóbora e a batata-doce se adaptam bem em solos arenosos, sem a necessidade de muito investimento em fertilizantes. Além de serem produtos de fácil negociação. “Hoje a classe A e B tem um consumo intensivo de batata-doce. A juventude assídua de academias, por exemplo, consome a raiz por indicação dos personais trainers para ganho de massa”, lembrou Felini.
Durante a reunião foram expostas iguarias que tem a batata-doce ou a abóbora como ingredientes principais. O cardápio oferecido ao público incluiu bolachas, bolos, doces em compotas e até docinhos de festa, brigadeiro e beijinho a base de batata-doce.
O momento foi propício para os produtores conversarem entre si e tirarem dúvidas com os técnicos da Agraer. “O interessante do encontro foi a abordagem sobre a produção e comercialização em escalas. Ouvir e ver para pensar no que pode ser feito em nossas propriedades” afirmou a produtora familiar Marta Rondon, do assentamento Estrela, de Campo Grande.
O Encontro da Produção de Comercialização da Abóbora e Batata-Doce é o segundo evento a dar sequência ao ciclo de debates, da Agraer, sobre cultivo e comercialização de produtos em cadeia. O primeiro foi sobre a melancia em setembro de 2015. A previsão é de que uma reunião semelhante seja feita para discutir o plantio e venda do mamão e do abacaxi no mês de julho.
Estiveram presentes na reunião o diretor-executivo da Agraer, José Alexandre Trannin e a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja.
Fotos: Dunga