Governo MS Transparência Denuncia Anônima
Governo de MS
Agraer
Governo de MS
  • Início
  • Institucional
    • A Agência
    • DIRETORIA e GERÊNCIAS
    • Agenda
    • Organograma
    • Planejamento Estratégico
  • Serviços
  • Programas e Projetos
  • Informativos
  • Fale Conosco
    • Contatos
    • Escritórios da Agraer
    • Contato Cepaer
    • Ouvidoria
‹ Voltar

Do resíduo ao rendimento: a ciência que faz o pasto renascer

  • 30 out 2025
  • Categorias:Geral
  • Compartilhar:

O 2º TecLeite-MS trouxe à tona uma alternativa que une sustentabilidade e produtividade: o uso de composto orgânico produzido a partir de resíduos da indústria de celulose na recuperação de pastagens. O tema abriu a programação técnica do evento realizado pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Quem conduziu a estação foram o engenheiro agrônomo Atílio Eduardo Pioli, da Agraer em Dourados, e os pesquisadores Alexandre Romeiro e Rodrigo Amorim, da Embrapa Gado de Corte (CNPGC). Juntos, eles apresentaram aos produtores o passo a passo da implantação correta de pastagens, destacando práticas de conservação do solo, reposição de nutrientes e semeadura, além de estratégias de manejo para evitar a degradação ao longo do tempo.

“Na TecLeite-MS, falamos sobre os ganhos de produção e de produtividade na pecuária leiteira. O foco foi mostrar como a reforma de pastagens com custo reduzido pode aumentar a rentabilidade, tanto na produção de carne quanto de leite”, explicou Atílio Pioli.

Segundo o técnico, o preparo e manejo adequado do solo são etapas decisivas para o sucesso. “O leite do pasto ainda é o menor custo de produção da pecuária leiteira. Quando o produtor trabalha com forragens melhoradas, ele garante melhor alimentação para os animais e, consequentemente, maior produtividade”, completou.

E os resultados já aparecem no campo. “Semana passada eu visitei um produtor e, apenas ao colocar os animais para rodar na área reformada e adubada, ele teve um aumento de 20% na produção, com o mesmo rebanho que já tinha”, contou Atílio.

Na prática, os pesquisadores mostraram capins de alta produtividade desenvolvidos pela Embrapa e explicaram como o composto orgânico proveniente da agroindústria atua na fertilização do solo. “Esse subproduto da indústria de papel e celulose, após tratamento, forma um composto que enriquece o solo. Ele funciona como uma adubação orgânica, nutrindo as plantas de capim e aumentando a fertilidade”, detalhou Rodrigo Amorim.

A proposta atende a um desafio recorrente em propriedades leiteiras do país: a degradação de pastagens. “Muitas vezes, o que o produtor tem está muito aquém do potencial produtivo. Quando mostramos a importância de uma boa formação e de um manejo correto, promovemos mudanças significativas, tanto na produtividade quanto na rentabilidade”, explicou o pesquisador.

Além do aumento de produção, a durabilidade da pastagem é um dos grandes ganhos. “Quando a reforma é bem-feita, não há necessidade de refazer a cada dois ou três anos. Pasto bem formado e bem manejado dura mais e produz melhor”, reforçou Rodrigo.

Entre os participantes, a curiosidade e o aprendizado marcaram presença.

“Achei muito interessante a forma como os pesquisadores apresentam seus trabalhos aos produtores, com uma linguagem acessível. A palestra sobre adubação reforçou a importância de buscar a conservação do meio ambiente, mantendo a produção bem manejada e adubada, sem chegar ao ponto de precisar reformar as pastagens”, afirmou Tamires Marcelo Lopes Gomes, estudante de Agronomia.

Já quem vive o dia a dia no campo também levou lições práticas.

“Sem adubar nós não conseguimos ter uma boa produção. Com certeza vou levar esse conhecimento para meu sítio”, contou José Antônio Nascimento, do assentamento São Judas, em Rio Brilhante.

Ao final, ficou clara a mensagem de que o futuro do leite passa pelo manejo sustentável. A ciência e a extensão se encontram no campo para renovar o que parecia gasto — e o resultado brota em forma de produtividade.

A Agraer está presente em todos os cantos de Mato Grosso do Sul ao lado de quem faz o campo acontecer. O compromisso é fortalecer a produção sustentável, unindo conhecimento, tecnologia e tradição para que cada propriedade cresça com equilíbrio e rentabilidade.

 

Texto: Maria Clara Espíndola sob a supervisão do jornalista Ricardo Campos Jr., Agraer

LGPD
Fala Servidor
Acessibilidade

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E EXTENSÃO RURAL

Av. Des. José Nunes da Cunha S/N - Bloco 12
Parque dos Poderes - Campo Grande | MS
CEP: 79031-310

MAPA

SETDIG | Secretaria-Executiva de Transformação Digital