Campo Grande (MS) – A fim de definir as atividades científicas e amarrar a parte orçamentária do 55º Congresso Brasileiro de Olericultura, que será realizado no município de Bonito de 6 a 10 de agosto, a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) promoveu uma reunião com membros da presidência do evento e entidades parceiras. A reunião contou com a presença do secretário Jaime Verruck, acompanhado do superintendente Rogério Beretta e do diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), André Nogueira.
Com o tema central “Produção Sustentável, Qualidade de Vida e Estímulo ao Consumo”, à edição do encontro pretende propor um ambiente para a discussão da produção de vegetais (verduras, legumes, frutas, etc) que garanta respeito ao meio ambiente ao mesmo tempo em que promova a renda na propriedade rural e a segurança alimentar dos consumidores. “Precisamos ter um maior conhecimento da proposta d e programação e os custos para a efetivação do evento para avaliar com o que o Mato Grosso do Sul pode apoiar de fato. Só com propostas definidas é que podemos levar o projeto para o governador Reinaldo Azambuja”, destacou o secretário.
Promovido de forma bianual, ou seja, a cada dois anos, a última cidade a sediar o congresso foi a capital pernambucana, Recife. “Queremos promover um espaço democrático de conhecimento, então, inicialmente, nossa intenção é que alguns palestrantes que irão estar junto aos congressistas, tenham um momento com os produtores rurais”, informou a presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Nair Hojo Rebouças.
O estado de Mato Grosso do Sul foi escolhido para sediar a edição de 2018 pela localização estratégica e o alto potencial de produtividade na área de olericultura. “Nós estamos no centro do País e próximos de países como Bolívia, Paraguai, Chile e Argentina. Queremos estreitar as relações entre as universidades e meio científico no geral dentro deste campo, outro ponto é pensando também nos aspectos da rota bioceânica que pode auxiliar os diálogos. Isso sem dizer que só o Mato Grosso do Sul em si tem excelentes condições para a olericultura devido às condições de topografia e chuvas bem distribuídas, um ambiente agrícola propício”, destacou o presidente do 55º Congresso, Antônio Corrêa de Oliveira Filho.
“A divulgação, em mídia, na capital paraguaia é importante. Se pensarmos pela disponibilidade de viagens áreas mais rápidas, agora, que o Estado negociou com uma companhia aérea [Amaszonas Paraguay] voos diretos entre Campo Grande e Assunção”, lembrou o secretário da Semagro.
Fora a programação do congresso também foi discutida a questão dos custos das inscrições para técnicos da extensão rural das entidades parcerias e dos agricultores familiares e as demandas estruturais e financeiras do evento. “É preciso ter esse olhar diferenciado para o grupo de colaboradores, profissionais da assistência técnica e extensão rural, e os pequenos produtores rurais levando em consideração o deslocamento e a hospedagem para participação do evento”, disse o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira.
Já sobre a parte de financiamento o superintendente da Semagro, Rogério Beretta, deu um conselho importante aos envolvidos. “É preciso criar um grupo que pegue o projeto comercial e leve pessoalmente as empresas que são parceiras em potencial. Esse envolvimento de pessoas, o diálogo e a divisão de tarefas comerciais são as coisas mais urgentes no momento”.
Paralelo ao 55º Congresso de Brasileiro de Olericultura será promovido o Encontro Latino-Americano de Horticultura em Bonito. “No ano passado estive em Lisboa para participar do Congresso Luso-Brasileiro de Olericultura e, em 2019, será a vez de o Brasil sediá-lo. Então, o evento em agosto também servirá de espaço de debates já pensando no próximo ano”, pontuou a presidente da ABH, Tiyoko Nair.
Texto: Aline Lira/Fotos: Néia Maceno – Assessoria de Comunicação da Agraer