Campo Grande (MS) – Representando os interesses da classe produtiva de Mato Grosso do Sul, o diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini, marcou presença junto ao secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Fernando Lamas, no lançamento do pré-custeio da safra 2016/17, realizado na terça-feira (2).
A cerimôniapromovida no prédio do Banco do Brasil, na Avenida Afonso Pena, centro da Capital, ainda contou com a participação do secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, que na ocasião representou o Chefe do Executivo Reinaldo Azambuja.
De acordo com o Banco do Brasil, os produtores de Mato Grosso do Sul já podem procurar a instituição a fim de negociar crédito para a safra 2016/17. No total, foram aprovados para o Estado um montante de R$ 665 milhões para agricultores que cultivam sete tipos de produtos: cana, milho, soja, laranja, café, arroz e algodão.
Na opinião de Riedel, a liberação chegou em boa hora haja vista as necessidades de mercado. “O pré custeio tem uma importância enorme para o Estado, tendo em vista que o setor agro tem se mostrado realmente viável e além disso o crédito é fundamental para manter a competitividade”, comentou Riedel.
Geralmente, os agricultores tomam esses recursos no chamado período de pré-custeio, entre abril e junho de cada ano, que são usados para antecipar as compras de insumos como fertilizantes e defensivos que serão utilizados na safra seguinte.
Segundo o superintendente do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, a grande vantagem de contratar crédito antecipadamente são os juros. “O médio produtor, com renda bruta anual de R$ 1,6 milhão, tem direito a juro de 7,75% ao ano e o grande, com renda bruta acima de R$ 1,6 milhão, tem acesso a taxa de 8,75% ao ano. Fora do programa, as linhas têm juros de até 16% ao ano”, informou.
O dinheiro também deverá ser um ponto positivo para o setor produtivo haja vista o período de chuvas e os muitos estragos que isso acarretou nas lavouras do Estado, em especial as de soja. “Nossa atenção é a agricultura familiar e acompanhar o lançamento é de suma importância para que possamos repassar as informações obtidas a nossos servidores que diariamente trabalham com os pequenos produtores”, disse o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini.
Na última safra com pré-custeio, 2014/15, o Estado teve acesso a R$ 2,286 bilhões em crédito. O montante passou para R$ 2,473 bilhões no ciclo 2015/16, o que representa aumento de 8,2%.
Segundo Evaldo Emiliano, outro ponto positivo na questão de custeio é o baixo índice de inadimplência, que está abaixo de 1% entre os clientes do Banco do Brasil, que é responsável por 83,4% de todo o crédito contratado no Estado. “O Banco do Brasil financia R$ 6,58 bilhões, enquanto os demais juntos oferecem R$ 1,3 bilhão”.
Em seu pronunciamento, o superintendente ainda reforçou o papel do BB junto as entidades estaduais para a melhoria do capital de giro de Mato Grosso do Sul. “Para cada R$ 1,00 captado dentro do Estado, o Banco do Brasil devolve R$ 3,81, enquanto outras instituições aplicam apenas R$ 1,63”.
O secretário da Sepaf, Fernando Lamas, destacou a importância do crédito para regulação de preços e também para o investimento em tecnologia. “Os produtores passam por um momento em que os custos estão muito altos, a atividade está quase perdendo a rentabilidade. Então, esse recurso é muito importante e esperamos que o agricultor aplique o recurso como meio de incorporar novas tecnologias”, disse o secretário.
O superintendente do Banco do Brasil destacou ainda a importância do trabalho de entidades que fazem linha direta com o produtor como a Agraer e a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).
Aline Lira – Assessoria de Comunicação Agraer/ Fotos: Dunga